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quarta-feira, 18 de maio de 2011

TST dá início a Programa de Prevenção de Acidentes

Dois mil quatrocentos e noventa e seis trabalhadores brasileiros mortos. O número, que supera a quantidade de vítimas de catástrofes naturais dos últimos dez anos, no mundo, refere-se aos trabalhadores mortos em acidentes de trabalho no ano de 2009 no País. O dado, alarmante e preocupante, foi o ponto de partida para a campanha de prevenção de acidente do trabalho promovida pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), que será lançada no dia 3 de maio, como parte das comemorações dos 70 anos de instalação da Justiça do Trabalho no Brasil.

O número acima reflete apenas a quantidade de vítimas fatais de acidentes. Se considerarmos todos os registros de acidentes laborais feitos pelo INSS em 2009, chega-se a um valor ainda mais assustador: 723.500. A boa notícia é que esse número vem caindo, embora numa proporção insatisfatória: comparado com 2008, a queda foi de 4,3%. Ainda segundo os dados do serviço de seguridade, do total de acidentados, 77,1% são homens e 22,9% são mulheres. Pessoas jovens são as mais suscetíveis. Os registros mostram que o maior volume de acidentes está na faixa etária dos 20 aos 29 anos. Quanto às doenças de trabalho, o maior percentual está entre trabalhadores de 30 a 39 anos.

A indústria foi responsável pelo maior número de acidentes - o ramo de comércio e reparação de veículos responde pela grande parte deles, enquanto a pecuária apresentou os menores índices. Ferimentos e fraturas, nas mãos, pés e coluna representam os tipos de acidentes mais comuns entre trabalhadores brasileiros. Se esses números impressionam, convém destacar que eles estão relacionados apenas aos dados oficiais, ou seja, àqueles que são registrados pelo INSS. Se considerarmos que muitos não chegam ao conhecimento do órgão público, a conclusão é de que os números são bem maiores.

Segundo técnicos do INSS responsáveis pela elaboração do anuário sobre acidentes de trabalho, o aumento no número de acidentados no País está relacionado ao rápido crescimento da economia brasileira nos últimos dez anos. Muitos postos de trabalho foram criados sem que os trabalhadores estivessem preparados. Além desse fenômeno natural, típico de países em desenvolvimento, a falta de uma política governamental adequada agrava ainda mais esse quadro.
Acidentes de trabalhos produzem sofrimentos diversos: sofre o trabalhador, a família, o empresariado, o Governo e órgãos judicantes, cada vez mais abarrotados de processos com pedidos de reparação. O programa do TST é uma demonstração de que o Judiciário está preocupado com a questão e, nesse sentido, toma a iniciativa de abrir o debate sobre a necessidade de implantação de políticas efetivas para enfrentar o problema.

(Cláudia Valente)

Fonte:
Secretaria de Comunicação Social
Tribunal Superior do Trabalho

http://www.tst.jus.br/prevencao/noticia1.html

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